"E que a minha loucura seja perdoada, por que metade me mim é amor e a outra também."

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Lirismo

"Sim, mas não esquecer que para escrever não-importa-o-quê o meu material básico é palavra. Assim é que esta história será feita de palavras que se agrupam em frases e destas se evola um sentido secreto que ultrapassa palavras e frases. [...] Parece que estou mudando o modo de escrever. Mas acontece que só escrevo o que quero, não sou um profissional – e preciso falar dessa nordestina senão sufoco."¹

Que não podemos julgar o que se passa dentro do outro é uma consciência fraca, mas pelo menos já pertence ao plano da consciência. Mas e quanto ao falar sobre o "outro" ? Alguns laços de sangue ou emocionais, parecem nos dar a liberdade de agir como se pudéssemos entrar e opinar no outro. Essa era da individualidade - saudável na minha opinião - é bombardeada pela intromição - a arte de se intrometer na vida alheia. Por isso, digo e repito: viver no meu "eu" esta cada vez mais suficiente e o clichê do amo próprio cada vez mais importante; para uma tomada tranquila de consciência. A dependência do quê ou de quem promove repugnância a cada instante em que vejo uma violação da privacidade acontecendo - comigo ou não. A liberdade sufoca quando ela é confundida ou erroneamente substituída por solidão, mas sim, eu quero o "ser livre" pra mim! Quero o "não me importar+noites bem dormidas"! Acho justo explicar o porque não querer a solidão. Uma vez li e ouvi o seguinte: "Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca."²  Pois bem, não concordo que seja a única, mas afirmo ser indispensável. A minha fé na liberdade é tão gritante ao ponto de agoniar ao saber que não a tenho e piorar ao perceber que não possuo a coragem necessária para ir a luta. E depois disso tudo exposto, a única conclusão em que cheguei foi: sufoco se não escrever!

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¹ - Clarice Lispecotor, A hora da estrela.

² - Clarice Lispector, Descoberta do mundo. 
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Retribuição

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Meus Amores e Minhas Amoras

Uma concepção minha

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"Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Pensar é um ato. Sentir é um fato. O que escrevo é mais do que invenção, é minha obrigação contar sobre essa moça entre milhares delas. E dever meu, nem que seja de pouca arte, o de revelar-lhe a vida. Porque há direito ao grito. Então eu grito. Grito puro e sem pedir esmola." Clarice Lispector, em "A hora da estrela".
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