"E que a minha loucura seja perdoada, por que metade me mim é amor e a outra também."

sexta-feira, 8 de março de 2013

Panela de Pressão


Será, uma palavra ou expressão, pense como quiser, que tem o poder de te atormentar pro resto da vida. As vezes eu acabo me perguntando no meio de tantos naufrágios, se eu fiz as escolhas certas. Ou será que eu virei á esquerda quando na verdade deveria ter virado à direita? Será que eu escolhi andar pelo mar quando deveria ter escolhido uma vida recheada de opções em terra firme?  São perguntas demais, questionamentos demais, pra algo tão importante que deveria estar banhado na certeza.
Cara qual é! Estamos falando da minha vida e do que eu devo ou não deixar nela. Isso não é como algo banal que decidimos no auge da emoção ou em um impulso repentino. Eu quero mais ao mesmo tempo que eu sei, que tenho que aprender a ser menos, já como dizia Fernanda Mello, cheia de razão admito, "Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranquilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito." 
O problema todo é que, eu sou uma "panela de pressão ambulante". E vocês já perceberam que quando uma panela desse tipo explode ela ta sempre errada, ou machuca alguém, ou faz uma sujeira horrorosa? Pois é; o que ninguém vê é que, não da pra segurar. Até porquê nem o aço e nem mesmo a prata podem aguentar o descaso daqueles que mais ama.
Já faz tempo em que o que eu vi no seu olhar foi admiração, admiração por alguém que não se ama tanto quanto deveria amar. Alguém que deveria se amar ao ponto de não deixar ninguém e nada a abalar. Eu tenho saudade do tempo em que você torcia pra me ter de volta na sua vida, em que a todo tempo o seu objetivo era me conquistar com alguma atitude estilo Don Jhuan, ou me dizer alguma coisa bem bonita pra não me deixar fugir dos seus beijos. No fundo eu acho que eu só queria que você desejasse estar ao meu lado, assim como eu desejo ardentemente estar ao seu. Eu tenho medo de quando o meu desejo passar, daí só vão restar lembranças de uma boa época, e o cansaço de ter nadado tanto, pra sair ilesa desse naufrágio.

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"Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Pensar é um ato. Sentir é um fato. O que escrevo é mais do que invenção, é minha obrigação contar sobre essa moça entre milhares delas. E dever meu, nem que seja de pouca arte, o de revelar-lhe a vida. Porque há direito ao grito. Então eu grito. Grito puro e sem pedir esmola." Clarice Lispector, em "A hora da estrela".
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